domingo, 9 de outubro de 2011

Sugestao de leitura para o mês

Nietzsche
para estressados
Sextante
Filosofi a para o dia a dia
NIETZSCHE PARA ESTRESSADOS é um manual inteligente, provo cador e
estimulante que reúne 99 máximas do gênio alemão e sua aplicação
prática a várias situações do dia a dia. A fi losofi a de Nietzsche
é de grande utilidade na busca de uma solução para uma série de
problemas, tanto na vida pessoal quanto na profi ssional.
Este breve curso de fi losofi a cotidiana foi criado para nos
auxiliar naqueles momentos em que precisamos tomar decisões,
recuperar o ânimo, encontrar o caminho certo quando estamos
perdidos e relativizar a importância dos fatos da vida. É indicado
para pessoas que procuram inspiração no pensamento do fi lósofo
mais infl uente da era moderna para combater as angústias e os
medos dos dias de hoje.
Cada capítulo é iniciado por um aforismo desse grande
pensador, seguido de uma interpretação atual que nos ajuda a
alcançar o bem-estar.
No fi nal, há um anexo que explica o valor terapêutico da fi -
losofi a e suas aplicações no cotidiano. Conheceremos o trabalho
dos fi lósofos terapeutas, popularizado pelo livro Mais Platão,
menos Prozac, de Lou Marinoff, e e ntenderemos como máximas
dos pensadores de todos os tempos podem oferecer uma ajuda da
melhor qualidade.
Antes de conhecer seus pensamentos, saiba um pouco sobre a
vida do grande mestre.
5
Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844, na cidade alemã
de Röcken. Seu pai era pa stor evangélico e faleceu quando o
fi lho tinha 5 anos. O menino cresceu em um ambiente de pietismo
protestante dominado por mulheres.
Após frequentar um internato, onde foi apresentado à Antiguidade
grega e romana, estudou fi losofi a clássica nas universidades
de Bonn e Leipzig. Nessa última, entrou em contato com as
ideias de Schopenhauer e com a música de Wagner, compositor
que admirava e que mais tarde conheceria pessoalmente.
Em 1869, com apenas 25 anos, Nietzsche já era professor de
fi lologia clássica na Universidade da Basileia. No entanto, sua
atividade docente foi interrompida em 1870, quanto estourou a
Guerra Franco-Prussiana.
Nietzsche participou do confl ito como enfermeiro, até ser
obrigado a abandonar o front por causa de uma disenteria, da
qual nunca se recuperou totalmente.
Em 1881, conheceu Lou Andreas Salomé, mulher por quem
se apaixonou perdidamente mas que acabaria se casando com
um amigo seu. A rejeição ajudou a consolidar sua proverbial
misoginia.
Obrigado a se aposentar prematuramente por conta de sequelas
da doença, Nietzsche viveu na Riviera francesa e no norte
da Itália, lugares que considerava ideais para pensar e escrever.
Sozinho e frustrado por suas obras não alcançarem a acolhida
desejada, foi vítima de seus primeiros acessos de loucura em
1889, quando morava em Turim e estava praticamente cego.
Após longas temporadas internado em clínicas da Basileia e
de Jena, Nietzsche passaria o fi m da vida na casa da mãe, que cuidou
dele até morrer, deixando-o ao encargo da irmã. Nietzsche
faleceu em 1900.
Seu ambicioso legado fi losófi co até hoje não perdeu o poder
inspirador e instigante.

O OVO

O OVO

“Os ovos são comprados em supermercados e guardados em geladeiras. Eles vêm em caixinhas de papelão, algumas com 6, outras com 12 ovos. Todos os ovos têm a mesma forma, a forma oval. Eles se compõem de três partes: a casca, a gema amarela e a clara transparente. Os ovos são distinguidos pela cor da casca: há os ovos de casca branca e os ovos de casca parda. Os ovos são muito úteis na cozinha e podem ser comidos crus, quentes, cozidos ou fritos. Em misturas eles são usados para fazer ovos mexidos, omeletas, bolos, e pães. E há também os doces: fios de ovos, papo-de-anjo. E mesmo licores. Para serem usados é preciso quebrar a casca, o que exige uma certa prática. Não se quebrando a casca do jeito certo o ovo se arrebenta e a mão fica toda lambuzada com a mistura de gema e clara. Os ovos precisam ser tratados com muito cuidado, por causa da sua fragilidade. De uma pessoa cheia de cuidados usa-se dizer: “Está andando sobre ovos“. Se ficam guardados durante muito tempo fora da geladeira, os ovos apodrecem e fedem muito se quebrados. Por essa razão eles são frequentemente usados por cidadãos descontentes que os jogam nos políticos que os enganaram. Não sei se a palavra “ovacionar“ vem desse costume. Li num livro de ciências que os ovos saem de dentro das galinhas. Eu acredito porque está escrito no livro. Mas eu nunca vi uma galinha botando um ovo. Li também no mesmo livro de ciências que os ovos, se aquecidos a uma temperatura determinada durante 21 dias, produzem pintinhos, que são os filhinhos amarelos das galinhas. Meu pai me disse que os ovos constituem um problema filosófico impossível de ser resolvido. “O que foi que veio primeiro, o ovo ou a galinha? Se dissermos que foi o ovo que veio primeiro, fica a pergunta: onde estava a galinha que o botou? Se dissermos que foi a galinha que veio primeiro, fica a pergunta: e onde estava o ovo de onde ela teria de ter saído como pintinho?“

Essa é uma redação que escrevi de brincadeira, para contar a vocês a minha experiência com os ovos, quando eu era pequeno, na roça. Os ovos que conheci são muito diferentes dos ovos que vocês conhecem. As pessoas da cidade, quando pensam em ovos, pensam nas comidas que podem ser feitas com eles. Pensam do ovo para a frente... Eu pensava do ovo para trás. O que me fascinava era o nascimento dos ovos. Na roça os ovos não se compravam em supermercados. Eles eram encontrados e colhidos em ninhos. Que coisa mágica é um ninho! Encontrar um ninho escondido no meio do mato, cheio de ovos, é uma experiência de grande felicidade, inesquecível! Gaston Bachelard: não se assustem com esse nome complicado. Foi um homem maravilhoso, que escreveu coisas incríveis. Espero que vocês, um dia, tenham a alegria de viajar pelo mundo encantado que se encontra nos seus livros, muito mais fantástico que o mundo do Harry Potter. O mundo do Harry Potter, a gente sabe que nunca existiu. Mas Bachelard mostra um mundo maravilhoso, mágico, encantado, no meio do mundo real em que vivemos. Para ele uma experiência mágica é encontrar um ninho com uma passarinha a chocar seus ovos, num arbusto do jardim. Para mim, cinco anos, não havia nada que se comparasse em fascínio a uma galinha botando um ovo. Ela, deitada no ninho, esforçando-se para botar seu ovo diário. Eu, atrás, agachado, observava atentamente o seu fiofó que pulsava, abrindo e fechando, até que o ovo aparecia. Eu cutucava o ovo com a ponta do dedo. Saído o ovo, a galinha se levantava, observava sua obra e saía pelo quintal cacarejando em altos brados o seu feito.

Como as galinhas são animais inteligentes! Inteligentes, as galinhas? Que nada. Galinhas são animais estúpidos. Inteligentes são os golfinhos, as focas, os cães, os cavalos, os elefantes, os ursos. Tanto que são animais de circo. Mas eu nunca soube de uma galinha que fosse artista de circo.

A burrice das galinhas se revela num fato muito simples: toda vez que um carro delas se aproxima, numa estrada, elas atravessam a estrada correndo e gritando espavoridas. Nunca aprendem que é mais seguro ficar onde estavam. A despeito disso eu insisto: as galinhas são inteligentes. Como é que a gente identifica a presença da inteligência? É simples. Uma amiga, sabendo que gosto de brinquedos, me deu um carrinho feito com uma lata de sardinha e rodas cortadas de uma sandália havaina. Quando vi o carrinho percebi logo que ele fora feito por um menino pobre. Menino rico não faria carro com lata de sardinha. Compraria um carinho na loja. O dinheiro faz mal à inteligência. E percebi mais: aquele menino, que eu não conhecia, era um menino inteligente. Por que concluí que ele era inteligente? Porque o carrinho que ele havia feito era um objeto muito inteligente. Há objetos que são inteligentes, como há objetos que são muito estúpidos. Sempre que tivermos na mão um objeto inteligente – um livro, um brinquedo, uma máquina, uma escultura – podemos concluir: “Foi feito por uma pessoa inteligente.“

E agora eu pergunto a vocês: pode haver uma coisa mais inteligente que o ovo? Se o ovo é um objeto inteligente temos de concluir que a galinha que fez e botou o ovo, é inteligente. Todas as aves do mundo botam ovos. Botam ovos porque, mesmo antes de botarem um ovo, já mora nelas a idéia inteligentíssima do ovo. As aves já nascem com essa idéia. Temos, então, de concluir que dentro da galinha, tal como acontece com todas as aves, mora a idéia inteligentíssima do ovo. Mora aonde? Não mora na cabeça da galinha, que é estúpida. Mora no corpo da galinha, sem que a cabeça saiba disso. As galinhas são estúpidas com a cabeça e inteligentíssimas com o corpo. Existe também o contrário, entre os humanos: pessoas que são inteligentíssimas com a cabeça e totalmente estúpidas com o corpo.

O corpo da galinha sabe muito de geometria. Foi o ovo que me contou. Porque o ovo é um objeto geométrico construído segundo rigorosas relações matemáticas. A galinha nada sabe sobre geometria, na cabeça. Mas o corpo dela sabe. Prova disso é que ela bota esses assombros geométricos.

Sabe muito também sobre anatomia. O ovo não é uma esfera. Ele tem uma parte mais grossa e uma parte mais fina. Há uma razão físico-anatômica para isso. É a mesma razão por que os pregos têm uma ponta fina: para entrar melhor no buraco. Você já enfiou uma linha no buraco de uma agulha? Primeiro é preciso afinar a ponta da linha com saliva e dedo. É a ponta afinada da linha que entra no buraco da agulha. Depois que a ponta fina passa pelo buraco, é fácil puxar a linha, fazendo passar a parte grossa. Pois o ovo tem de ter uma ponta fina para facilitar a sua passagem pelo fiofó da galinha. Se não tivesse a ponta fina ia ser mais difícil, ia doer mais...

O corpo das galinhas é também um grande conhecedor de arquitetura. A forma do ovo dá resistência máxima aos seus frágeis materiais. Se o ovo fosse chato ele se quebraria quando a galinha se deitasse sobre ele, para chocar os pintinhos. Quando eu era pequeno eu e os meus amigos brincávamos de pegar um ovo, ponta fina na palma da mão, ponta grossa contra os dedos pai-de-todos e o seu-vizinho (espero que você tenha aprendido o nome dos dedos, minguinho, seu-vizinho, pai-de-todos, fura-bolo, mata-piolho) e apertar. Pois o ovo não quebrava. Mas não vá fazer essa experiência com esses ovos brancos, de granja. São ovos degenerados. Esses ovos se quebram, só de olhar. A forma do ovo faz com que as forças que sobre ele se exercem não o quebrem. É o mesmo princípio que os arquitetos usam para fazer arcos de janela, de portas e abóbadas gigantescas das catedrais em estilo românico, antes do concreto e do ferro. Se você não sabe o que é o estilo românico, pergunte ao seu professor de história. Aquilo que os arquitetos aprenderam depois de muito pensar, o corpo das galinhas sabe por nascimento, sem precisar pensar.

Mas há ainda um outro assombro: a casca do ovo não pode ser muito mole porque, se fosse, o ovo se quebraria quando a galinha pisasse nele. A casca tem de ser dura o suficiente para suportar o peso da galinha, sem quebrar. Mas a casca também não pode ser muito dura. Como vocês sabem, as galinhas “chocam“ os ovos. Deitam-se sobre eles por 21 dias para, com o seu calor, realizar a transformação da gema em pintinho. Quem foi que ensinou isso para a galinha? Ninguém. O corpo dela nasceu sabendo. A idéia já está lá. Ao cabo de 21 dias os pintinhos estão prontos para sair. Para isso eles têm de quebrar a casca do ovo com o bico. Ora, se a casca do ovo fosse muito dura o pintinho não conseguiria furar a casca e morreria. Como é que a galinha faz esse complicado cálculo físico de resistência de materiais, casca nem muito mole e nem muito dura? Não sei. Só sei que ela sabe. Há um saber no seu corpo que faz cálculos engenhariais exatos.

O nosso corpo é assim: ele sabe muitas coisas que a nossa cabeça não sabe. Se dependêssemos, para viver, dos conhecimentos que temos na nossa cabeça, há muito teríamos desaparecido da terra. O corpo é muito sábio. Acham que estou doido? Vocês já ouviram falar em Guimarães Rosa, o escritor? Pois ele disse: “O corpo não traslada, mas muito sabe, adivinha se não entende...“ Com o que, Nietzsche, o filósofo que mais amo, concorda: “Há mais razão no seu corpo que na sua melhor sabedoria“...

Os gregos antigos, filósofos, diziam que a gente começa a pensar quando a gente fica abobalhado diante de um fato corriqueiro. Haverá coisa mais corriqueira que um ovo? Pois o ovo me faz pensar...

Rubem Alves

sábado, 17 de setembro de 2011

Projeto TCC

Autor:Dione Oliveira

1 Dificuldade na Aprendizagem & Dislexia


O tema escolhido é Dificuldade na Aprendizagem, a partir dessa idéia, surge o interesse em conhecer mais a Dislexia, onde muitos acham que é um distúrbio, outros até dizem que é um dom, portanto a finalidade desse projeto é buscar esclarecer que um disléxico tem a mesma oportunidade de aprendizagem como qualquer outra pessoa ‘NORMAL’.

2 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS


- Objetivo geral: Demonstrar que o aluno Disléxico, aprende da mesma forma que os demais, apenas de maneira diferenciada necessitando que seja detectado e aplicado método diferenciado.

- Objetivos específicos:
*Verificar a que proporção está sendo o desenvolvimento dos disléxicos em sala de aula;
* Constatar seus desempenhos e suas dificuldades;
* Perceber que existem variadas formas de um disléxico aprender, ora é muito ativo e inteligente, ora se mostra um pouco retraído e com dificuldades de convivência.

3 JUSTIFICATIVA

a) Relevância pessoal
A Dislexia tornou-se importante para mim, pois é uma visão, um fato, um desvio que tende a mudar os conceitos em relação a esse comportamento tão pouco divulgado, isso leva-nos a pensar, perceber, prestar mais atenção nos comportamentos dos alunos, percebe-se que ensinar vai alem de algumas possibilidades, é necessário um conhecimento profundo sobre tais situações, porque não sabemos quando depararemos com os mesmos.
Tornar publico alguns relatos trará informações de formas claras e precisas.
Os estágios cognitivos de Piaget dão a direção, o rumo que deve ser o desenvolvimento, agora cabe a cada um partir dos princípios e analisar com eficácia fazendo com que tome o rumo desejado, ou seja, conseguindo diagnosticar tais desvios de aprendizagem e estimular o desenvolvimento intelectual da criança.


b) Relevância social

Trabalhar o tema “Dificuldade na Aprendizagem & Dislexia” é uma oportunidade de explorar um assunto onde existem muitas duvidas, tabus, uma vez que se trata de um defectil que tem sido muitas vezes desconsiderado por alguns especialistas e em convívio familiar.
Ainda hoje no século XXI, existem pessoas com mais de 30 trinta anos que estão tendo um diagnostico Disléxico, e vêem-se revendo conceitos e percebendo que, não se trata de um mal que atinge apenas as crianças. Graças a ciência avançada pode-se dizer que hoje o sofrimento deixou de tomar força brutal;
Continuamos infelizmente na inércia, porem se doarmos nosso tempo na descoberta do outro a vida passa a ser mais humanizadora.
A finalidade desta pesquisa é retirar a imagem que um Disléxico não aprende; Ele apenas deve ter um aprendizado diferenciado; é entender a Dislexia como uma dificuldade e não como um conjunto de sinais mórbidos característicos de uma doença.

4 METODOLOGIA

A metodologia a ser utilizada terá o objetivo de demonstrar como será realizada a pesquisa e sua aplicação no projeto.
No caso, a opção básica é a Pesquisa Bibliográfica, que busca entendimento e respostas em livros já editados, pesquisa pela internet, artigos e outras fontes de consulta.
Neste trabalho serão buscadas as informações aplicando a metodologia de pesquisa de forma: qualitativa, descritiva e explicativa.
A leitura do livro DISLEXIA EM QUESTAO de J. Ajuriaguerra e seus Colaboradores ajudará a entrar neste universo pouco divulgado.
Em principio, percebe-se que o tema aprendizagem vai alem do que se imagina e nos leva a analisar vários contextos.
Em alguns artigos poderá ser visto que Dislexia, tema básico do trabalho, não é de fundo patológico, hereditário, mas, para alguns estudiosos, sim.
Dentro desse conflito é que o trabalho se aperfeiçoará e chegará a uma conclusão com base nas pesquisas levantadas.
O objetivo é proporcionar as crianças boas condições de desenvolvimento em seu aprendizado já que um disléxico não é uma criança frágil, que deve ser separada de outras, mas, mantê-las junto com as demais o que poderá servir de estimulo e facilitação no resultado que se objetiva.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A idéia principal é mostrar que o aluno Disléxico, aprende da mesma forma que os demais, apenas de maneira diferenciada necessitando que seja detectado e aplicado método educativo diferente, mas que chega a resultado igual aos demais.
Ser Disléxico não é algo “anormal” e isso faz com que a sua aprendizagem aconteça diferenciada.
Segundo Emilia Ferreiro dificuldade é: “Primeiramente, se a invenção da escrita alfabética resultou de um processo histórico que envolveu a humanidade por longo tempo, isso nos faz reconhecer como é difícil para a criança perceber com rapidez a natureza da escrita.”

Baseado em pesquisa, pode-se notar que o Desenvolvimento e Estado Cognitivo de Piaget é indispensável. A Dislexia passou a ter explicações louváveis, pelo vinculo da linguagem com a cognição, uma vez que segundo a teoria Piagetiana a aquisição da linguagem são processos do raciocínio da criança, por isso é importante que, quem se interessa pelo estudo sobre dislexia deve estudar sobre linguagem oral e escrita e dar luz as teorias Piagetianas.

Graças essas teorias, não vemos um disléxico como um doente, paciente, e sim alguém com dificuldade na aprendizagem, (complexo).


[...] Todo educador precisa saber os motivos pelos quais a alfabetização não ocorre. Sou contra usar rótulos como alfabetizado e não-alfabetizado, leitor e não-leitor. Quando se trata de conhecimento, não existe o "tudo ou nada". Uma criança que tenha acabado as quatro primeiras séries, apesar de dominar os códigos da língua, pode ter dificuldade em compreender um texto e não estar habituada a estudar. Algumas apresentam resistência a tudo o que se refere à escola por motivos vários. Outras têm mesmo dificuldades e, por não saber superá-las ou não contar com alguém para ajudar, evitam contato com textos. Cada caso exige atenção e tratamento diferentes. ( TEBEROSKY, Ana, 2009)



REFERÊNCIAS


AJURIAGUERRA, J de. A Dislexia em Questão. Artes Medicas, Rio Grande do Sul: Porto Alegre, 1990

Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/debater-opinar-estimulam-leitura-escrita-423497.shtml Acesso em: 05 Set. 2010.

Disponível em: http://pt.shvoong.com/books/1931625-em%C3%ADlia-ferreiro-ana-teberosky/ Acesso em: 05 Set. 2010.

PIAGET, Jean. Epistemologia genética. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
PIAGET, J.. A Construção do Real na Criança. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974.

Estágio Gestão Escolar

Autor: Dione Oliver

1 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO


Entender a posição de um Gestor Escolar e tuas implicâncias, mostrando que dentro de uma Instituição Escolar existem várias formas de exercer a função gestora.
E que é o Gestor responsável pelo desenvolvimento da sua equipe multidisciplinar.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (GESTAO ESCOLAR)

(...) os homens transformam as circunstâncias e o próprio
educador precisa ser educado (...). A coincidência da mudança das circunstâncias e da atividade humana ou auto mudança só pode ser considerada e compreendida racionalmente como práxis revolucionária (MARX, 1845-46/2007: 100).



Notar o que Vygotsky (1927/2004), apoiado em Marx e Engels (1845-46/2007), apontam o canal do contexto particular de ação para a compreensão dos sentidos dos participantes atuação. O contexto diretor não pode ser entendido fora do contexto das discussões sobre a função da escola e das suas transformações interdisciplinares, culturais e políticas, ocorridas na sociedade.

Gestão é participação, um trabalho associado a pessoas discutindo situações, decidindo e agindo sobre elas, pois o sucesso da empresa escolar, depende da ação em conjunto, da vontade coletiva, esforço da equipe supervisor, orientador, professor, aluno, pais e direção administrativa e pedagógicas que viabilizem a solução de problemas com resultados na realização dos fins educativos.

O gestor estabelece um conjunto de objetivos, um planejamento iniciando com a definição sobre a organização ou subunidade que deseja alcançar, a identificação de prioridades e a determinação de seus fins possibilitará uma utilização eficaz dos recursos.
Os gestores não conseguem cuidar de todas as tarefas ao mesmo tempo, por conta disso é necessário realizar a seleção de prioridades baseados em argumentos consistentes.

• Metas
• Probabilidade de sucesso
• Urgência
• Importância
• Grau de dificuldade
Por ser uma tarefa de inúmeras atividades conta também com a equipe, formada por Supervisores, Orientadores, Professores, mesmo assim existem tarefas que cabem apenas para o gestor realizar podendo ser citado aqui, reunir o corpo docente, por exemplo, para comunicação de novas normas legais, diretrizes pedagógicas e mudanças na rotina de trabalho.
O gestor, deve possuir alguns mecanismos para elaboração e divulgação, o mesmo deve desenvolver habilidades e saber trabalhar em equipe.
A Constituição Federal no artigo 205 diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da Família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Diante deste ponto de partida o gestor ganha, possibilidade de trabalho, ele (gestor) administra a escola e deve munir-se de força para realizar o que lhe é proposto.
Um Gestor deve deixar de lado o tradicional modelo de autoridade, achar que apenas ele pode ter o controle de tudo, deve entender que seu trabalho será feito com grandeza a partir do momento em que esse trabalho seja feito em equipe, para que isso ocorra o diretor escolar deve evoluir para que possa formar equipes coletivas onde juntas irão propiciar a distribuição da autoridade de forma adequada a atingir suas metas e identificá-los com a transformação social.
O Gestor deve entender que não basta que a lei determine o ensino, o gestor deve vê-la como garantia do direito à Educação, independente de raça, condições sociais, culturais e outras.
Ele (gestor) traz a essência de administrar, elaborar, acompanhar o projeto de qualidade de Educação, mesmo que este seja feito através do PPP, que tem por fim caracterizar a organização da escola.
Existem vários tipos de gestor em uma escola, o gestor financeiro, gestor pedagógico, gestor administrativo, o qual mais se tem contato é com o Gestor pedagógico, este é o que reuni a equipe multidisciplinar, trata diretamente com o supervisor, Orientador, mas isso não diminui sua responsabilidade.
O Gestor deve ser atualizado a novas tendências, procurar estar em formação continuada, pessoas modificam, idéias evoluem e o profissional que não acelerar vai ficar pra traz.

3 OBJETIVOS

Entender que o Gestor escolar esta apto a responder questões legais e diretrizes.
O diretor não pode ser entendido fora do contexto das discussões sobre a função da escola e das suas transformações interdisciplinares, culturais e políticas, ocorridas na sociedade.
Reconhecer no diretor um profissional em formação continuada, que esteja a disposição da comunidade.


4 METODOLOGIA

Será realizada uma entrevista com um Profissional da Área de Gestão Escolar, este responderá dez questões, que nos fará ter noção de como tem sido elaborado os projetos escolares, e nos ajudará a não cometermos os mesmos erros caso existam. Verificar se a gestão exercida encontra-se dentro das diretrizes e questões legais.
Em seguida serão anexadas as questões e respostas dos profissionais.

GESTAO ESCOLAR – Estagiária Dione

1.“Bons líderes fazem as pessoas sentir que elas estão no centro das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao seu trabalho” (BENNIS, 1997 apud BLOG, 2007). Como Gestor, acreditando na Educação, e por isso está na frente de uma Instituição Escolar, qual é sua posição diante do que Bennis diz, qual a importância que dá aos seus profissionais e colegas de trabalho? Como você se vê diante da diferença?
2. A definição de liderança envolve duas dimensões. A primeira é a capacidade presumida de motivar as pessoas a fazerem aquilo que precisa ser feito. A segunda, todavia, é a tendência dos seguidores de seguirem aqueles que eles percebem como instrumentais para satisfazerem os seus próprios objetivos pessoais e necessidades. Partindo-se do princípio de liderança, qual é sua ação ou uma palavra pessoal em relação aos seus subordinados?
3. Há bem pouco tempo, falava-se em administração escolar, que compreendia as atividades de planejamento, organização, direção, coordenação e controle. Você acredita que exista uma dinâmica interativa entre ambas?
4. As grandes e contínuas transformações sociais, científicas e tecnológicas passaram a exigir um novo modelo de escola e conseqüentemente, um novo perfil de dirigente, com formação e conhecimentos específicos para o cargo e a função de diretor-gestor. Qual sua opinião a respeito?
5. Qual a função primordial do gestor escolar, baseada na liderança e competência?
6. O que é para você, participar da gestão democrática e que o significa?
7.Como chegou a exercer a função atual e, quais foram os primeiros desafios?


ANALISE – Dione

Em meias idas e vindas, encontrar um gestor com um olhar atento nos dias atuais é um balsamo a nossa vida profissional, nos faz acreditar que nem todos estão com um olhar indiferente a Educação, fazer a separação do profissional e o pessoal já estamos em vantagens. O saber propor me encanta, uma vez que tudo que vamos fazer em equipe deve ter um líder sim, mas esse líder tem que ter um olhar promissor e para uma aprendizagem significativa.
Gostei da forma como foi colocada a questão liderança por esta gestora, ela não deixou de lado a questão confiança, porque o professor, coordenador tem que se sentir seguro para exercer sua função com qualidade. A questão de ouvir mais e confiar em seus liderados já o faz um bom líder.
Estar organizado, manter-se metódico, faz com que planejamentos, direção, coordenação, organização faz uma gestão rica em desenvolvimento.
Volto a dizer estar atento, conhecer a equipe e possíveis deficiências, necessidades da comunidade dará suporte para que haja suporte para traçar alternativas.
O ser humano é dotado de sensibilidade, isso se nota claramente quando o assunto esta relacionado na área de Educação. O acreditar na Educação nos torna seres capazes de mudanças é notório que algumas providencias devem ser tomadas e com isso muitos problemas serão solucionados como por exemplo salas superlotadas.
Prof Dione Bernadete Comso dos Santos de oliveira

REFERÊNCIAS


Disponibilizado em: www.fundamentacao-teorica-sociedade.html – Acesso em: 13 de fev.2011.

Marx e Engels (1845-46/2007)

Vygotsky (1927/2004)

Disponibilizado em: www.fundamentacao-teorica-sociedade.html – Acesso em: 13 de fev.2011.

Disponibilizado em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/edinf03.htm - Acesso em 15 de Mar.2011.

Estágio Supervisao Escolar e Orientação Escolar

Autor: Dione Oliver

1.ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

Trataremos aqui algumas diferenças entre Supervisão e Orientação Escolar, mostrando a fundamentação teórica de cada uma e funções separadas, embora muito se vê que alguns orientadores trabalham as duas funções como se fosse uma só, exercendo assim a função de Coordenador Escolar.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (SUPERVISÃO)


Supervisão: O supervisor precisa estar em constantes buscas; o conhecimento, a pesquisa, a atualização deve estar no topo de uma lista que existe um começo com meio e jamais fim, ser atualizado e buscar ser um paradigma na profissão escolhida. O supervisor trabalha na educação para o desenvolvimento da soberania popular, possui valores democráticos.
Como já visto a supervisão escolar requer esforço continuo na leitura de livros, revistas, jornais; entre tantas funções cabe a ele ajudar nas elaborações de projetos escolares e trabalha também na formação continuada dos professores.
Transforma a teoria em prática fundamenta o fazer e o pensar dos docentes.
Entre muitas qualidades que o supervisor deve ter uma vez que ele é o modelo, a cara da sua escola seu perfil deve ser dinâmico, acessível, eficiente, produtivo, capaz, apoiador, facilitador, interessado, colaborador, seguro, incentivador, atualizado, ter conhecimento, amigo, entender que seu problema pessoal jamais deve interferir no seu trabalho.
Entende-se mais que a supervisão escolar é a base para atuação é o inicio do fazer, agir, movimentar, crescer, equipar, dar condições tanto aos pais , alunos e professores de efetuar um bom desenvolvimento e trabalho.
Visto que as crianças entram como folhas em branco na escola levando em suas mochilas apenas sonhos desejos e vontades, e será na escola que um leque irá se abrir. Como visto é notório que a educação é uma tarefa de encargos coletivos no mundo de hoje. Diante disso CUNHA (2006 p.271) diz:


É imperioso que o profissional da educação contribua decisiva e decididamente para o melhor fluir dos projetos propostos para a resolução de problemas e enfrentamentos de desafios na escola.

O supervisor deve interessar-se em pessoas já que pessoas são mais importantes que coisas, usam-se as coisas e amam-se as pessoas (grifo meu).
Devem-se aceitar as crianças como elas chegam e não permitir que saiam como entraram. E para que isso ocorra deve-se estar imbuídos de espírito de altruísmo, entende-se que o supervisor deve ser apaixonado por pessoas amar verdadeiramente.
O segredo de ser um bom supervisor está em ouvir os educando e principalmente construir uma ponte entre alunos e professores; uma ponte de comunicação dando a ambas as condições de serem ouvidos; essa não é somente função do supervisor, cabe também aos professores, gestões e administrativos.
O maior desafio do profissional de supervisão escolar é ser um visionário, o supervisor deve perceber que o trabalho do professor não é feito sozinho, é coletivo junto a ele.
Supervisão é um sacerdócio, não é uma tarefa fácil transformar o espaço físico de uma escola em ondas de relacionamentos com as famílias, comunidade; agindo assim o supervisor atende ao principio básico para qual a escola foi formada. A visão deve ser ampla, porque as dificuldades existem entre inúmeras algumas se destacam muito, são elas:
• Falta de estrutura;
• Recursos escassos;
• Má vontade dos professores;
• Funcionários administrativos.

Porém nada impede que o supervisor crie na sua atividade profissional meios de mudanças para a realidade e fazer com que a escola mude a sua cara. Lembre-se que as condições de mudanças estão em nossas mãos.
A atuação do profissional de supervisão escolar cabe como agentes de transformação a ele cabe o pontapé inicial para mudanças, existe um detalhe, deve-se iniciar e não parar nunca conformar-se com o estado das coisas , as palavras “não existe”, “não posso”, “não consigo” , “não quero” deve ser excluída.
O supervisor do século XXI deve ser capaz de pensar, agir com inteligência equilíbrio, liderança, autoridade, valores estes que requerem habilidade e compromisso.
Hoje se necessita com urgência de supervisores audaciosos que sonhem e realizem defensores das verdades e principalmente que sejam sensíveis as pessoas.
O termo supervisor escolar não deveria existir e sim administradores de vidas porque muitos dependeram de uma decisão e elas poderão afetam a vida de alunos.
Houve-se dizer que “ensinar é uma arte” e que “ servir é um dom” para supervisores escolares e pedagogos isso vai além, é um modo de vida é como escolhe-se viver, supervisão é um exercício de cidadania, altruísmo, abnegação, onde somente os fortes determinados terma êxito.
Esta fundamentação tem como apoio Perrenoud, que tem uma visão do Supervisor deve ser baseado em uma prática reflexiva e uma postura de parceria, segundo ele “Uma prática reflexiva não é apenas uma competência a serviço dos interesses dos professores é uma expressão da consciência profissional” sendo assim, o papel do supervisor, já que também é um educador deve estar comprometido com a construção do conhecimento, aprendizagem.

2.1 OBJETIVO

Reconhecer no Supervisão Escolar a atenção, atendo ao aluno em todos os aspectos morais, educacionais, diante de tantas responsabilidades que o Supervisor toma sábias as decisões e faz-se o necessário pra direcionar as crianças para a maior aventura que irão participar o “futuro”.
O profissional Supervisor não trabalha em prol de méritos, se irá ser reconhecido ou não e na maioria das vezes não é mesmo, o que importa de verdade a estes profissionais é ser útil à sociedade, as pessoas, a todos, que direta ou indiretamente chegam ate a escola.
O objetivo é ser administradores de vidas. Cada aluno, cada adulto que chega à escola é um indivíduo especial e único, com características próprias de aprendizagem e necessidades diferentes.


3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ORIENTAÇÃO ESCOLAR

O Orientador trabalha com a prevenção, está sempre atento para esclarecer e dominar alguns conceitos para que não ocorram problemas.
Orientador deve estar sempre ao lado do aluno. Trata-se com o mesmo diretamente, ajudando-o a compreender o momento em que esta vivendo.
Existem duas fases do Orientador:
• Romântica
• Objetiva
No Romântico diz-se que o Orientador resolveria todos os problemas do aluno; na objetiva a Orientação seria prestadora de serviço, que o aluno não teria problemas.
Atualmente a Orientação encontra-se em uma terceira fase que é a Critica, onde o Orientador vê o aluno como todo e ajuda, orienta, põem-se ao lado do aluno para compreender o momento em que o aluno encontra-se.

O Orientador trabalha com algumas áreas especificas como:
• Aluno: Atendendo o aluno que precisa e querem orientação pessoal, trabalha auxiliando não apenas na vida escolar, também em sua vida particular do aluno em suas duvidas, incertezas, inseguranças. Nas dificuldades escolares e comportamentais.
• Sondagem ou triagem: Aos alunos que apresentam déficit que aprendizagem e que naturalmente precisam de recuperação. Caso haja desinteresse, desorganização, funcionamento desajustado com a escola e com os colegas.
• Família: Na colaboração, comunicação do aluno com a escola, ser uma ponte com o aluno e a comunidade, trabalhar esse aluno não apenas na escola, fazer acompanhamento familiar também.

O Orientador tem o papel focado com os educando.
Definição de Orientador: Um profissional que deve ter um método para ajudar o aluno na escola, tomar consciência dos seus valores e dificuldades, conscientizando através do estudo, realização em todas as suas estruturas e planos de vida.
A esse profissional cabe realizar a sondagem, aconselhamento, o faz atendimento direto ao aluno.
Entende-se ainda, que o aconselhamento tem sido seu referencial é no aconselhamento que o Orientador percebe que o indivíduo que se modifica e não o ambiente.
Um dos erros comumente é que esse aconselhamento não acontece quando está tudo bem; geralmente ocorre quando existe uma posição interdisciplinar, LUCK em 1979 diz: [...]e a prática freqüente é do aluno ser encaminhado à orientação educacional com a expectativa implícita de que o mesmo seja modificado, corrigindo. A suposição implícita é de que no aluno está a causa do problema.
Um ponto que não se pode deixar de ser dito é que o aconselhamento individual é produtivo, o mesmo acontece com o grupo e esse é a principal forma de atuação do Orientador.
Na educação existe um cenário, que a escola é o espaço que deve favorecer a todos cidadãos, o acesso ao conhecimento e desenvolvimento de competência.
Na escola é onde os adultos e crianças têm acesso a diferentes conteúdos, é na escola que esses conteúdos se transformam em aprendizagens.
E para que isso ocorra o Orientador é a peça fundamental desse quebra cabeça sem fim.
CHISHOLM, 1994 p. 3 diz:

O Orientador Escolar e Profissional é um elemento estratégico sobre vários pontos de vista. É importante para os indivíduos jovens porque lhes permitem o melhor conhecimento das oportunidades disponíveis para assim poderem fazer as suas opções de forma lúcidas e concientes; é importante para os potenciais empregadores porque lhes permite conhecer, a partida, as qualificações e competências de eventuais e futuros empregados; é importante para os países porque lhes permite potenciar seus recursos humanos

3.1 OBJETIVOS

Identificar as funções do Orientador em exercício, tanto o Supervisor quanto o Orientador Escolar, trabalham juntos, uma complementa a outra. Embora sejam desenvolvidas juntas, têm funções diferentes, a idéia é identificar cada uma e realizar um trabalho eficaz.
Mostrar a importância do atendimento individual (aconselhamento), trazer pais ausentes para dentro da escola, entende-se que um Orientador que desenvolve um bom trabalho terá como conseqüência pais na escola. Entendendo que não deve buscar méritos nessa profissão, seu mérito será ser um ser formado e competente.
Retirar o mito de que ser Orientador é uma opção, e mostrar que foi feita uma escolha, porque escolhas fazemos e realizamos com êxito, o a opção nem sempre, tem coração e fazer notório que ser Orientador é ser dotado do bem maior, o amor. É um sacerdócio.

4 METODOLOGIA

Será realizada uma entrevista com um Profissional da Área de Supervisão Escolar e um Orientador Escolar, cada um respondera dez questões, que nos fará ter noção de como tem sido elaborado os projetos escolares, e nos ajudara a não cometermos os mesmos erros caso existam.
Em seguida serão anexadas as questões e respostas dos \profissionais.
Perguntas Supervisor - Estagio de Supervisão e Orientação Escolar.

1.O supervisor tem uma atuação muito ampla dentro da escola, sua presença é fundamental aos que compõem a equipe pedagógica da instituição, sua imagem vem se firmando positivamente cada vez mais. Antigamente ele não possuía um campo de atuação e sua função era apenas ser fiscal, diante de várias conquistas o papel do Supervisor atualmente é vista como o principal fator para o sucesso e essencial para o crescimento do ambiente educacional. Em sua opinião, qual foi sua contribuição para essa mudança?

2. O Supervisor é responsável pelo desenvolvimento de um Projeto Político Pedagógico e por colocar essa proposta em ação, não mantendo as propostas resumidas apenas em um papel, essa função é cumprida em sua escola?

3. Supervisor você é o mediador, portanto você deve facilitar o avanço do professor quanto a elaboração da proposta pedagógica e seu planejamento, buscando os melhores meios de interação entre os segmentos e estando em plena consciência de que sua atuação é de forma política, em prol dos anseios da sociedade, por gentileza indique suas principais proposta, essas que tenham um referencial em sua atuação pedagógica supervisão?

4. Seus problemas se iniciam muitas vezes com a não delimitação de seu próprio local
de trabalho, necessariamente móvel e variável conforme as tarefas a desempenhar,
e crescem com a ausência habitual da necessária localização do trabalho de seus
companheiros professores, obrigados a fragmentação de sua jornada de trabalho e
conseqüentemente multiplicação dos locais em que ela se realiza. Qual é sua relevância profissional? E Por que?

5. Com base em palavras de Saviani, (apud Ferreira, 2002) podemos entender que
Pedagogia literalmente significa: a condução da criança. A função supervisora pode
ser encontrada na figura do pedagogo tal como se configurou na Grécia, o ato
através do qual o escravo conduzia as crianças até o local onde os preceptores lhes
ministravam ensinamentos. É uma definição bonita, bela, mas para você, essa visão ainda é explicita nos dias atuais?


Questões Orientação – Estágio de Supervisão e Orientação Escolar

1.O orientador não tem currículo a seguir. Seu compromisso é com a formação permanente no que diz respeito a valores, atitudes, emoções e sentimentos, sempre discutindo, analisando e criticando. Caro orientador como tem sido sua forma de abordagem em sua escola quando surge um problema, entre aluno e professor?

2. Desde l942 as leis brasileiras fazem obrigatória a orientação educacional nas escolas. Na maior parte dos casos, os orientadores educacionais são consultores para a Direção e interlocutores entre os pais, o aluno e a escola. Disciplina o estudante, reúnem-se e discutem problemas didáticos e disciplinares com os professores e com os pais do aluno, aplicam e interpretam testes padronizados, promovem eventos que estimulam o relacionamento interpessoal, e aconselham o encaminhamento a psicólogos e psiquiatras dos casos de desvios mais complexos. Diante deste contexto, você acredita que o profissional do século XXI, anda de acordo com a imagem pré estabelecida em 1942?
3.Você acredita que o Orientador Educacional pode fazer muito pela formação do aluno, acredita que ele pude reservar algum tempo justamente para ensinar os alunos a CONVIVER – na Escola e, por extensão, na família e na sociedade.E como você faria isso?

4.Você Orientador, acredita na Formação Comportamental, como uma atividade educativa paralela, extracurricular, uma vez que os currículos abrem pouco ou nenhum espaço para isto?

5.Meu propósito aqui é sugerir o modo como essa atividade poderia se concretizar em clima de autonomia e criatividade, responsabilidade e disciplina. O tom convocatório do título é por pensar que uma orientação firme no sentido moral, psicológico e cívico, nunca foi tão urgente para a juventude como nos dias atuais. Comente.

6. Geralmente o Orientador educacional no Brasil é formado em Pedagogia, com disciplinas de Psicologia. Qual é sua formação acadêmica? Segue. O importante é qualidade do relacionamento pessoal entre o aluno, o professor e o Orientador, que deve ser caloroso, genuíno e cheio de simpatia. Como você se sente com essa abordagem?


ANALISE: Dione Santos de Oliveira

As expectativas eram grandes, afinal, quando estudamos, nos informamos sobre nossa profissão e abrimos o leque que a mesma oferece, imaginamos que encontraremos profissionais no mínimo qualificados para exercer tais funções. Infelizmente não acontece dessa forma, não tive a sorte de encontrar profissionais qualificados exercendo uma das profissões mais lindas, uma profissão que dignifica o ser humano que é o de supervisionar, e orientar.
Na Instituição em que foi realizado o estagio, é um local com uma estrutura maravilhosa, Fomos muito bem recebidas, em questão de educação não existe o que reclamar, mas, infelizmente não é apenas de educação que mantemos um ambiente educacional, como disse DA VINCE, Leonardo. [...não basta saber, é preciso saber fazer...], infelizmente não houve o sucesso esperado. Acontece que o cargo de supervisor/ orientador é ocupado por uma pessoa que não teve orientação especializada, sendo que a mesma é formada em Licenciatura em Letras para exercer a função, existe a vontade visível; porém a vontade não é suficiente sem o conhecimento.
Diante das respostas recebidas chego a conclusão que há uma grande necessidade de qualificação profissional, o que mais me chamou a atenção foi a resposta dada na questão 4 (quatro) na área das respostas do orientador, foi perguntado: Você Orientador, acredita na Formação Comportamental, como uma atividade educativa paralela, extracurricular, uma vez que os currículos abrem pouco ou nenhum espaço para isto? A resposta foi não, seguido de uma previa explicação sem pontuação e deixando a desejar no conhecimento; uma vez que a escola é uma continuidade da formação humana, iniciando em suas casa e sendo complementado na escola, e a resposta dada foi para mim decepcionante e por outro lado me incentivou á seguir com a formação continuada.

Dione Bernadete Cosmo dos Santos de Oliveira


REFERÊNCIAS

CUNHA, Aldeneia S. da, OLIVEIRA; Ana Cecília de; ARAÚJO, Leina A. (Org). A supervisão no contexto escolar: Reflexão Pedagógicas. Manaus. UNINORTE; 2006
COMISSÃO EUROPEIA, 1995. "Livro Branco" sobre a Educação e a Formação. Ensinar e aprender- Rumo à sociedade cognitiva. Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, Luxemburgo.
COLEMAN, J.S. e HUSÉN, T. 1985. (OCDE). Tornar-se adulto numa sociedade em mutação. Edições Afrontamento, Col. Biblioteca das Ciências do Homem, Porto.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/21631/1/O-Papel-do-Orientador-Educacional-na-Escola/pagina1.html#ixzz1EvwZDBxN

O que é ser Psicopedagogo

Psicopedagogia
Bacharelado
É a área de estudo dos processos e das dificuldades de aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos. O psicopedagogo identifica as dificuldades e os transtornos que impedem o estudante de assimilar o conteúdo ensinado em sala de aula. Para isso, ele faz uso de conhecimentos da pedagogia, da psicanálise, da psicologia e da antropologia. Analisa o comportamento do aluno, observando como ele aprende. Promove intervenções em caso de fracasso ou de evasão escolar. Além de trabalhar em escolas, esse profissional pode atuar em hospitais, auxiliando os pacientes a manter contato com as atividades normais de aprendizado. Pode trabalhar também em centros comunitários ou em consultório, público ou particular, orientando estudantes e seus familiares.

O mercado de trabalho
As atribuições desse profissional cresceram, e seu espaço no mercado se expandiu, porém as vagas de trabalho ainda se concentram nas capitais e cidades de porte médio do Sul e Sudeste. Hoje, áreas como treinamento, educação continuada e assessoria para a contratação de portadores de deficiência elevaram a demanda pelo psicopedagogo no departamento de Recursos Humanos nas empresas. Além disso, governos estaduais e municipais também o contratam, por meio de concurso público, para trabalhar em escolas e órgãos públicos. As vagas estão espalhadas por todo o país - com destaque para as capitais, cidades maiores e a Região Nordeste -, embora o Sul e o Sudeste ainda sejam os maiores empregadores. "Em São Paulo, já é lei que haja um psicopedagogo prestando atendimento em ensino fundamental e médio. A tendência é que outros estados copiem a iniciativa", diz Márcia Siqueira de Andrade, coordenadora do curso de Psicopedagogia do Unifieo, de Osasco (SP). Mas isso só deve acontecer, segundo a professora, depois que for aprovada a criação de um conselho para regulamentar a profissão. Nas universidades, a atuação do psicopedagogo está atrelada à orientação e ao aconselhamento aos professores e, nas ONGs, cabe a ele fazer o desenvolvimento de projetos educativos. Começa o interesse de asilos e instituições de longa permanência por esse profissional.

Salário inicial: R$ 1.500,00 (40 horas semanais); a partir de R$ 70,00 por sessão; fonte: Associação Brasileira de Psicopedagogia.

O curso
O currículo enfatiza duas áreas: psicopedagogia clínica (em que o profissional atua em clínicas sozinho ou com equipes multidisciplinares) e psicopedagogia institucional (em que o psicopedagogo trabalha em grupo em escolas, ONGs, hospitais e centros comunitários). É um curso marcadamente interdisciplinar, composto de disciplinas teóricas, como psicologia do desenvolvimento humano e da aprendizagem, e práticas, como diagnóstico e intervenção psicopedagógica clínica e institucional. O objetivo da graduação é formar um profissional com olhar dirigido à aprendizagem humana em diferentes contextos. O estágio é obrigatório.

Duração média: quatro anos.

O que você pode fazer
Orientação pedagógica
Dar assistência a professores, orientando-os e ajudando-os a prevenir e a evitar o fracasso e a evasão escolar. Resolver questões ligadas a currículo, métodos de ensino e abordagens pessoais. Desenvolver um plano de trabalho que facilite o aprendizado dos alunos.

Educação continuada
Auxiliar indivíduos que, por problemas de saúde, ficam internados em hospitais e afastados das redes de ensino, mantendo-os informados sobre o conteúdo das aulas e dando-lhes apoio para que permaneçam em contato com a escola e com os professores.

Área clínica
Dar atendimento individual em consultórios públicos ou particulares, identificando sintomas, conflitos e transtornos que levem à dificuldade de aprendizado.

FONTE: desconhecido

Fases do Desenvolvimento Infantil Segundo Piaget

A conduta humana organiza-se em esquemas de ações ou de representações adquiridos, elaborados pelo indivíduo a partir de sua experiência individual, que podem coordenar-se variavelmente em função de uma meta intencional e formar estruturas de conhecimento de diferentes níveis. A função que integra essas estruturas e sua mudança é a inteligência.

•A Inteligência é definida por dois aspectos:
Organização: forma determinada de organização do conhecimento. Exemplo: não pensamos em como caminhamos, simplesmente caminhamos, ou seja, tenho uma estrutura conhecido, a ação é o plano representativo deste esquema
Adaptação: realiza-se através da assimilação e acomodação.

•Assimilação e Acomodação

Assimilação: transforma o objeto de conhecimento de acordo com o que temos construído. Exemplo: comer maçã o organismo absorve, faz parte dele.
Acomodação: adaptar-se ao objeto de conhecimento através do sujeito. O sujeito se transforma para acomodar o objeto. Exemplo: a criança difere que existem vários tipos de cães, pequeno, grande, feroz, amigo.

Estágio Sensório-Motor (0-2 anos)

Desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre ações, início de diferenciação entre o próprio corpo e os objetos; aos 18 meses, mais ou menos, constituição da função simbólica(capacidade de representar um significado a partir de um significante). No estágio sensório-motor o campo da inteligência aplica-se a situações e ações concretas.

•Subestágios do estágio sensório-motor:

oSubestágio 1(0-1 meses);
oSubestágio 2(1-4 meses);
oSubestágio 3(4-8 meses);
oSubestágio 4(8-12 meses);
oSubestágio 5(12-18 meses);
oSubestágio 6(18-24 meses).

Reação Circular
Segmento de conduta que o bebê associa a uma conseqüência que tenta reproduzir repetindo tal conduta. O resultado deste exercício é o fortalecimento do esquema motor, que tenderá a conservar-se e a aperfeiçoar-se.

•Reações Circulares primárias: são esquemas simples, descobertos fortuitamente pelo bebê e circunscritos a seu próprio corpo. Exemplo: chupar a mão;

•Reações Circulares secundárias: são coordenações de esquemas simples cujas conseqüências são inicialmente casuais. Ao contrário das primeiras, os efeitos associados à conduta ocorrem não mais no próprio corpo, senão no meio físico ou social. Exemplo: adulto tamborilar os dedos sobre a mesa, o bebê se agita e o adulto entende que deve repetir o ato.

•Reações Circulares terciária: resultam da coordenação flexível de esquemas secundários, experimentando novos meios que levam a um efeito desejado, servem para "ver o que acontece". Exemplo: a criança usa um objeto para lançar outro.

Subestágio 1 (0-1 meses)

O exercício dos reflexos inatos
O bebê relaciona-se com o mundo através dos sentidos e da ação. Os reflexos inatos proporcionam-lhe um repertório mínimo de condutas, mas que é suficiente para sobreviver.
A conduta reflexiva é desencadeada quando ocorre uma determinada estimulação. Exemplo:sucção.
Este estágio é caracterizado pela repetição dos esquemas motores inatos.
O processo fundamental na adaptação é a assimilação: a experiência derivada do exercício do reflexo permite ao recém-nascido adaptar-se a novas condições de estímulo repetindo assimiladoramente o mesmo esquema de ação; ou seja, reagindo de modo semelhante a ambas, a assimilação nova à anterior.
A Assimilação apresenta 3 aspectos:
Repetição: assimilação funcional ou reprodutora, que assimila o objeto à função. Exemplo: suga o mamilo sempre que este é aproximado;
Generalização: assimilação extensiva a objetos novos e variados. Exemplo: suga todo objeto colocado próximo a boca(fralda, bico)
Reconhecimento: a duração, intensidade ou os componentes do esquema motor reflexo diversificam-se em função das características do estímulo; por isso dizemos que o individuo reconhece o objeto. Exemplo: diferenciar o-chupável-que-alimenta do o-chupável-que-não-alimenta.

Subestágio 2 (1-4 meses)

As primeiras adaptações adquiridas e a reação circular primária.
Formação das primeiras estruturas adquiridas: os hábitos. Exemplo: quando o bebê faz algo intencional que o agrada/atrai tenta repetir a ação;
Estas é uma reação circular primária porque, por um lado, o efeito inicial produziu-se de maneira fortuita e porque, por outro, as ações que a criança repete de modo rotineiro e invariável estão concentradas em seu próprio corpo. Começam a surgir as primeiras coordenações motoras como pressão-sucção , visão-audição
Contágio Condutual
O assimilador antecedente á assimilação: a criança só imita o adulto quando a conduta a ser imitada existe previamente no seu repertório. Exemplo: imitar um som que o adulto faça, que por sua vez imitou uma vocalização que a criança já produzia.

Subestágio 3 (4-8 meses)

A reação circular secundária
Reações circulares secundárias: A reação circular secundária envolve objetos externos; ex: casualmente o bebê alcança o móbile de seu berço; este movimento tende a ser repetido; o bebê começa a recuperar objetos escondidos.
Neste estágio a criança já interage com o meio, sua estrutura já não é mais só biológica, os novos esquemas são mais ricos e variados e possibilitam uma atividade mais liberada.
A assimilação generalizadora com os objetos é muito ativa, a criança explora com curiosidade aplicando esquemas conhecidos associados a efeitos que já é capaz de antecipar tais como: chupar sacudir e bater.

•Coordenação de esquemas secundários:

A criança já é capaz de encontrar objetos escondidos; no subestágio anterior, o bebê descobre o objeto por acaso; agora, desde o inicio, existe um objetivo; o bebê demonstra originalidade e procura utilizar esquemas antigos; seria o que Piaget chama de "assimilação generalizadora".
A assimilação recognitiva também está relacionada com êxitos posteriores, pois neste subestágio aparece o reconhecimento motor ela já associa um objeto ao movimento, ao sacudir o braço ela faz soar o chocalho. Agora a atenção e o interesse da criança deslocam-se até o resultado das suas ações, ela não faz mais só por fazer ,a criança é cada vez mais sensível as mudanças da realidade, fonte de desequilíbrio e novas acomodações.
Os avanços na conduta mostram a proximidade da atividade intencional, porém ainda não foi estabelecida a coordenação entre meios e fins.

•O efeito produzido pela reação secundária acontece com repetições casuais e também acontece casualmente. A relação entre a conduta e a meta, por exemplo espernear para conseguir mexer com os pés um brinquedo pendurado.

•No terceiro subestágio ,a criança imita somente a conduta visível em seu próprio corpo.A existência do objeto continua ligada as ações e percepções da criança ela só o procura se ele está parcialmente oculto, o espaço está restrito a ação momentânea pois nesta fase existe a ausência da conservação do objeto.

Subestágio 4 (8 - 12 meses)

Coordenação de Esquemas Secundários Aplicados a Relações Meios-Fins
Esquema Sucessão de ações que possuem uma organização de ações e que são sucessíveis de repetição em situações semelhantes. Ex:Sacudir um chocalho para faze-lo soar.
Relações Meios-Fins.
Um esquema media o êxito de uma meta associada a outro esquema. Ex: Agarrar um brinquedo, retirando um obstáculo que está entre a criança e o brinquedo.

Passagem ao subestágio 4

•Aparecimento da intencionalidade.

•Acentua-se a atenção que ocorre no meio.

•Aparecimento das primeiras coordenações do tipo meios-fins.

•As reações secundárias coordenam-se em função de uma meta não imediata.

•Meios adequados para a consecução do objetivo proposto.
Esquemas do Subestágio 4

•Procedem do repertório prévio da criança, havendo a coordenação intencional.

•Sacudir um chocalho para produzir um som.

•Os esquemas ainda não possuem a mobilidade necessária, a conduta se repete tipicamente como foi aprendida.

•Encontrar um objeto que foi escondido, quando isso é feito diante dela.

•Progressos nas habilidades de imitação aproximada.Entre chocar de mãos quando deve bater palmas.

•Progressos nas habilidades de imitação análoga.Abrir e fechar as mãos quando deve abrir e fechar os olhos.

•Possibilidade de imitar movimentos invisíveis.Mover os lábios.Tocar o nariz, a orelha.Mostrar a língua.

•Coordenação dos esquemas de representação facilitando a compreensão de objetos e fatos.

•Disposição de sair de casa quando lhe colocam determinada roupa.

•Quando sua fralda é retirada sabe que irá tomar banho.

•Esquemas de conhecimento têm progressos, como os relativos à captação do espaço.

•Observação e provocação de deslocamentos de objetos.

•Distinção das pessoas (6 - 8 meses)

•Chorar quando algum estranho se aproxima sem que uma figura bem conhecida e protetora esteja presente.

•Repetição de conduta tal como foi aprendida.

Subestágio 5 (12 - 18 meses)

Reações Circulares Terciárias
É o descobrimento de novas relações instrumentais como resultado de um processo de experimentação ajustada à novidade da situação.
A assimilação agora não é mera repetição pois na reação circular terciária o esquema sensório-motor está integrado por elementos móveis e variáveis em cada repetição, à medida que as condições da ação são modificadas.
A busca ativa de uma nova relação entre meios e fins inicia-se de modo intencional, mas é atingida normalmente de modo fortuito: quando um esquema prévio não é eficaz, a criança ensaia procedimentos aproximados até que o tateio leve à resposta correta.
A criança começa a usar meios novos para atingir seus objetivos e realiza verdadeiros atos de inteligência e de solução de problemas.

•Aproxima um objeto puxando algo sobre o qual está situado, por exemplo uma manta ou uma almofada.

•A conduta do barbante é semelhante e consiste em atrair um objeto puxando o prolongamento do mesmo que pode ser um barbante;

•A conduta do bastão consiste em usar um bastão ou um pau para alcançar um objeto afastado.

•Puxar um lençol sobre o qual está de pé até compreender que precisa sair de cima para poder pegá-lo.

•Tentar passar um boneco horizontalmente através das grades verticais do parque até entender que precisa fazê-lo girar para conseguir fazê-lo passar.

•A criança descobre o uso correto do ancinho como instrumento para aproximar objetos, brinca aproximando-os e afastando-os alternadamente.

Desaparece o erro de subestágio 4

•já que o esquema de busca prévio não é eficaz, a criança ensaia outros procedimentos, até obter o resultado desejado.Ex:quando a bola desaparece sob a mesa, nós buscamos ali e não embaixo do sofá.
Erro de transposição no estágio V

•A criança não consegue ainda enfrentar os deslocamentos invisíveis do objeto.

•A criança é incapaz de inferir que, se o objeto não está na mão do experimentador, deve estar embaixo do lenço.

•Ainda pesam muito as evidências perceptivas diretas; por isso a elaboração da permanência do objeto ainda é vista com dificuldade quando ocorrem deslocamentos dos objetos com trajetórias ocultas para a criança.

•A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório imitativo novos esquemas

Subestágio 6 (18 - 24 meses)
Invenção de novas combinações de esquemas a partir de suas representações.
Caracteriza-se pelo aparecimento da representação e, então, os problemas podem começar a ser resolvidos no plano simbólico e não mais puramente prático.

• Esquemas  ações suscetíveis de ser realizadas com ou sobre os objetos que compartilham alguma propriedade ( por exemplo agarrar objetos de certo tamanho, pode-se girar objetos redondos ou cilíndricos) assim, os esquemas assimilam os objetos.
Os esquemas de ação proporcionam o primeiro conhecimento sensório-motor dos objetos como são sob o ponto de vista perceptivo; e o que pode ser feito com eles no plano motor.
Através da ação dos esquemas, a criança vai elaborando o seu conhecimento dos próprios objetos e das relações espaciais e causais que colocam em contato certos objetos e acontecimentos com outros.
O sujeito já não resolve, então, os problemas por tateios, mas parece fazer uma reflexão prévia.

• A criança tentar subir num banquinho, mas, ao apoiar-se nele, ele se desloca. Em um momento determinado, a criança se detém na sua ação, parece refletir, pega o banquinho e o apóia na parede, evitando, assim, seu deslocamento e , a seguir, sob novamente.

•A aquisição da linguagem mudará as relações da criança.

•Com o seu aparecimento entramos em uma nova etapa representativa, que abrirá novas perspectivas para o seu desenvolvimento intelectual.

•As novas habilidades são exercitadas em ações predominantemente assimilatórias, tais como jogo simbólico, baseado na aceitação do "como se". Ex:Brincar com uma caixa "como se" fosse um carro.

ORIGEM DA FUNÇÃO SIMBÓLICA
Evolução da inteligência sensório-motora.
Os símbolos originam-se da ação tanto como significantes;quanto como significados.

•SIGNIFICANTES
Procedem predominantemente da imitação, são dados por práticas sociais das quais o indivíduo se apropria através da imitação:diferida ou internalizada (manejo de imagens mentais).

•SIGNIFICADOS
Tem seu valor como elementos de assimilação.
Dar significado ou compreender um objeto é assimilá-lo aos esquemas disponíveis.

Significantes e significados
Diferenciam-se, facilitam-se mutuamente, enriquecem-se e coordenam-se no desenvolvimento sensório-motor do mesmo modo que o fazem as funções de assimilação e acomodação.
A experimentação e o ensaio permitem à criança incorporar a seu repertório imitativo novos esquemas.
A inteligência sensório-motora depois de Piaget
A descrição da fase sensório motora de Piaget foi feita com a observação de seus três filhos, então outras pessoas quiseram pesquisar se este processo ocorre igualmente em populações diferentes. E foi constatado que Piaget tinha razão, embora algumas diferenças cronológicas foram constatadas, mas por causa da estimulação, do meio e da forma como as crianças eram criadas.
Após muitas pesquisas os psicólogos descobriram a capacidade dos bebês nas primeiras semanas de vida demonstrando uma conduta mais precoce do que Piaget supunha. A coordenação intersensorial aparece desde os primeiros dias de vida e a conservação do objeto ocorre antes do que Piaget supunha, principalmente se o objeto é algo significativo para a criança. O que Piaget interpretou em função da competência cognitiva foi interpretado posteriormente em função da execução motora. Piaget dizia que crianças não procuram o objeto, pois não tem uma representação do mesmo, enquanto outros autores dizem que a criança não tem é a habilidade motora para pegar o objeto,ex:bebês de nove meses levantam um obstáculo para buscar um objeto escondido sob.E um de 5 meses não o faz,mas é porque os de 9 já desenvolveram uma habilidade motora para tal.
Na função simbólica os estudos de Piaget fecham com os novos dados coletados,a construção da função simbólica é a elaboração do conhecimento sobre a realidade e os dois aspectos principais são: a representação e a comunicação.Os símbolos são instrumentos criados a serviço da relação interpessoal e a permanência do objeto adianta-se quando o objeto é uma pessoa relacionada a criança.O final deste estagio é paralelo a existência de ajustes entre mãe e filho a comunicação pré lingüística e a aquisição da linguagem.

Referências Bibliográficas:
•Alegre. Artes Médicas. 1998
•Mora Joaquim e Jesus Palácios . Inteligente Sensório-Motor
•http:// www. Rio.rj. Gov.br/multirio/cime/dapiaget.html
•NICOLAU Marieta Lúcia Machado. A educação pré-escolar. Ed. Ática, 1987