sábado, 17 de setembro de 2011

Estágio Supervisao Escolar e Orientação Escolar

Autor: Dione Oliver

1.ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

Trataremos aqui algumas diferenças entre Supervisão e Orientação Escolar, mostrando a fundamentação teórica de cada uma e funções separadas, embora muito se vê que alguns orientadores trabalham as duas funções como se fosse uma só, exercendo assim a função de Coordenador Escolar.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (SUPERVISÃO)


Supervisão: O supervisor precisa estar em constantes buscas; o conhecimento, a pesquisa, a atualização deve estar no topo de uma lista que existe um começo com meio e jamais fim, ser atualizado e buscar ser um paradigma na profissão escolhida. O supervisor trabalha na educação para o desenvolvimento da soberania popular, possui valores democráticos.
Como já visto a supervisão escolar requer esforço continuo na leitura de livros, revistas, jornais; entre tantas funções cabe a ele ajudar nas elaborações de projetos escolares e trabalha também na formação continuada dos professores.
Transforma a teoria em prática fundamenta o fazer e o pensar dos docentes.
Entre muitas qualidades que o supervisor deve ter uma vez que ele é o modelo, a cara da sua escola seu perfil deve ser dinâmico, acessível, eficiente, produtivo, capaz, apoiador, facilitador, interessado, colaborador, seguro, incentivador, atualizado, ter conhecimento, amigo, entender que seu problema pessoal jamais deve interferir no seu trabalho.
Entende-se mais que a supervisão escolar é a base para atuação é o inicio do fazer, agir, movimentar, crescer, equipar, dar condições tanto aos pais , alunos e professores de efetuar um bom desenvolvimento e trabalho.
Visto que as crianças entram como folhas em branco na escola levando em suas mochilas apenas sonhos desejos e vontades, e será na escola que um leque irá se abrir. Como visto é notório que a educação é uma tarefa de encargos coletivos no mundo de hoje. Diante disso CUNHA (2006 p.271) diz:


É imperioso que o profissional da educação contribua decisiva e decididamente para o melhor fluir dos projetos propostos para a resolução de problemas e enfrentamentos de desafios na escola.

O supervisor deve interessar-se em pessoas já que pessoas são mais importantes que coisas, usam-se as coisas e amam-se as pessoas (grifo meu).
Devem-se aceitar as crianças como elas chegam e não permitir que saiam como entraram. E para que isso ocorra deve-se estar imbuídos de espírito de altruísmo, entende-se que o supervisor deve ser apaixonado por pessoas amar verdadeiramente.
O segredo de ser um bom supervisor está em ouvir os educando e principalmente construir uma ponte entre alunos e professores; uma ponte de comunicação dando a ambas as condições de serem ouvidos; essa não é somente função do supervisor, cabe também aos professores, gestões e administrativos.
O maior desafio do profissional de supervisão escolar é ser um visionário, o supervisor deve perceber que o trabalho do professor não é feito sozinho, é coletivo junto a ele.
Supervisão é um sacerdócio, não é uma tarefa fácil transformar o espaço físico de uma escola em ondas de relacionamentos com as famílias, comunidade; agindo assim o supervisor atende ao principio básico para qual a escola foi formada. A visão deve ser ampla, porque as dificuldades existem entre inúmeras algumas se destacam muito, são elas:
• Falta de estrutura;
• Recursos escassos;
• Má vontade dos professores;
• Funcionários administrativos.

Porém nada impede que o supervisor crie na sua atividade profissional meios de mudanças para a realidade e fazer com que a escola mude a sua cara. Lembre-se que as condições de mudanças estão em nossas mãos.
A atuação do profissional de supervisão escolar cabe como agentes de transformação a ele cabe o pontapé inicial para mudanças, existe um detalhe, deve-se iniciar e não parar nunca conformar-se com o estado das coisas , as palavras “não existe”, “não posso”, “não consigo” , “não quero” deve ser excluída.
O supervisor do século XXI deve ser capaz de pensar, agir com inteligência equilíbrio, liderança, autoridade, valores estes que requerem habilidade e compromisso.
Hoje se necessita com urgência de supervisores audaciosos que sonhem e realizem defensores das verdades e principalmente que sejam sensíveis as pessoas.
O termo supervisor escolar não deveria existir e sim administradores de vidas porque muitos dependeram de uma decisão e elas poderão afetam a vida de alunos.
Houve-se dizer que “ensinar é uma arte” e que “ servir é um dom” para supervisores escolares e pedagogos isso vai além, é um modo de vida é como escolhe-se viver, supervisão é um exercício de cidadania, altruísmo, abnegação, onde somente os fortes determinados terma êxito.
Esta fundamentação tem como apoio Perrenoud, que tem uma visão do Supervisor deve ser baseado em uma prática reflexiva e uma postura de parceria, segundo ele “Uma prática reflexiva não é apenas uma competência a serviço dos interesses dos professores é uma expressão da consciência profissional” sendo assim, o papel do supervisor, já que também é um educador deve estar comprometido com a construção do conhecimento, aprendizagem.

2.1 OBJETIVO

Reconhecer no Supervisão Escolar a atenção, atendo ao aluno em todos os aspectos morais, educacionais, diante de tantas responsabilidades que o Supervisor toma sábias as decisões e faz-se o necessário pra direcionar as crianças para a maior aventura que irão participar o “futuro”.
O profissional Supervisor não trabalha em prol de méritos, se irá ser reconhecido ou não e na maioria das vezes não é mesmo, o que importa de verdade a estes profissionais é ser útil à sociedade, as pessoas, a todos, que direta ou indiretamente chegam ate a escola.
O objetivo é ser administradores de vidas. Cada aluno, cada adulto que chega à escola é um indivíduo especial e único, com características próprias de aprendizagem e necessidades diferentes.


3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ORIENTAÇÃO ESCOLAR

O Orientador trabalha com a prevenção, está sempre atento para esclarecer e dominar alguns conceitos para que não ocorram problemas.
Orientador deve estar sempre ao lado do aluno. Trata-se com o mesmo diretamente, ajudando-o a compreender o momento em que esta vivendo.
Existem duas fases do Orientador:
• Romântica
• Objetiva
No Romântico diz-se que o Orientador resolveria todos os problemas do aluno; na objetiva a Orientação seria prestadora de serviço, que o aluno não teria problemas.
Atualmente a Orientação encontra-se em uma terceira fase que é a Critica, onde o Orientador vê o aluno como todo e ajuda, orienta, põem-se ao lado do aluno para compreender o momento em que o aluno encontra-se.

O Orientador trabalha com algumas áreas especificas como:
• Aluno: Atendendo o aluno que precisa e querem orientação pessoal, trabalha auxiliando não apenas na vida escolar, também em sua vida particular do aluno em suas duvidas, incertezas, inseguranças. Nas dificuldades escolares e comportamentais.
• Sondagem ou triagem: Aos alunos que apresentam déficit que aprendizagem e que naturalmente precisam de recuperação. Caso haja desinteresse, desorganização, funcionamento desajustado com a escola e com os colegas.
• Família: Na colaboração, comunicação do aluno com a escola, ser uma ponte com o aluno e a comunidade, trabalhar esse aluno não apenas na escola, fazer acompanhamento familiar também.

O Orientador tem o papel focado com os educando.
Definição de Orientador: Um profissional que deve ter um método para ajudar o aluno na escola, tomar consciência dos seus valores e dificuldades, conscientizando através do estudo, realização em todas as suas estruturas e planos de vida.
A esse profissional cabe realizar a sondagem, aconselhamento, o faz atendimento direto ao aluno.
Entende-se ainda, que o aconselhamento tem sido seu referencial é no aconselhamento que o Orientador percebe que o indivíduo que se modifica e não o ambiente.
Um dos erros comumente é que esse aconselhamento não acontece quando está tudo bem; geralmente ocorre quando existe uma posição interdisciplinar, LUCK em 1979 diz: [...]e a prática freqüente é do aluno ser encaminhado à orientação educacional com a expectativa implícita de que o mesmo seja modificado, corrigindo. A suposição implícita é de que no aluno está a causa do problema.
Um ponto que não se pode deixar de ser dito é que o aconselhamento individual é produtivo, o mesmo acontece com o grupo e esse é a principal forma de atuação do Orientador.
Na educação existe um cenário, que a escola é o espaço que deve favorecer a todos cidadãos, o acesso ao conhecimento e desenvolvimento de competência.
Na escola é onde os adultos e crianças têm acesso a diferentes conteúdos, é na escola que esses conteúdos se transformam em aprendizagens.
E para que isso ocorra o Orientador é a peça fundamental desse quebra cabeça sem fim.
CHISHOLM, 1994 p. 3 diz:

O Orientador Escolar e Profissional é um elemento estratégico sobre vários pontos de vista. É importante para os indivíduos jovens porque lhes permitem o melhor conhecimento das oportunidades disponíveis para assim poderem fazer as suas opções de forma lúcidas e concientes; é importante para os potenciais empregadores porque lhes permite conhecer, a partida, as qualificações e competências de eventuais e futuros empregados; é importante para os países porque lhes permite potenciar seus recursos humanos

3.1 OBJETIVOS

Identificar as funções do Orientador em exercício, tanto o Supervisor quanto o Orientador Escolar, trabalham juntos, uma complementa a outra. Embora sejam desenvolvidas juntas, têm funções diferentes, a idéia é identificar cada uma e realizar um trabalho eficaz.
Mostrar a importância do atendimento individual (aconselhamento), trazer pais ausentes para dentro da escola, entende-se que um Orientador que desenvolve um bom trabalho terá como conseqüência pais na escola. Entendendo que não deve buscar méritos nessa profissão, seu mérito será ser um ser formado e competente.
Retirar o mito de que ser Orientador é uma opção, e mostrar que foi feita uma escolha, porque escolhas fazemos e realizamos com êxito, o a opção nem sempre, tem coração e fazer notório que ser Orientador é ser dotado do bem maior, o amor. É um sacerdócio.

4 METODOLOGIA

Será realizada uma entrevista com um Profissional da Área de Supervisão Escolar e um Orientador Escolar, cada um respondera dez questões, que nos fará ter noção de como tem sido elaborado os projetos escolares, e nos ajudara a não cometermos os mesmos erros caso existam.
Em seguida serão anexadas as questões e respostas dos \profissionais.
Perguntas Supervisor - Estagio de Supervisão e Orientação Escolar.

1.O supervisor tem uma atuação muito ampla dentro da escola, sua presença é fundamental aos que compõem a equipe pedagógica da instituição, sua imagem vem se firmando positivamente cada vez mais. Antigamente ele não possuía um campo de atuação e sua função era apenas ser fiscal, diante de várias conquistas o papel do Supervisor atualmente é vista como o principal fator para o sucesso e essencial para o crescimento do ambiente educacional. Em sua opinião, qual foi sua contribuição para essa mudança?

2. O Supervisor é responsável pelo desenvolvimento de um Projeto Político Pedagógico e por colocar essa proposta em ação, não mantendo as propostas resumidas apenas em um papel, essa função é cumprida em sua escola?

3. Supervisor você é o mediador, portanto você deve facilitar o avanço do professor quanto a elaboração da proposta pedagógica e seu planejamento, buscando os melhores meios de interação entre os segmentos e estando em plena consciência de que sua atuação é de forma política, em prol dos anseios da sociedade, por gentileza indique suas principais proposta, essas que tenham um referencial em sua atuação pedagógica supervisão?

4. Seus problemas se iniciam muitas vezes com a não delimitação de seu próprio local
de trabalho, necessariamente móvel e variável conforme as tarefas a desempenhar,
e crescem com a ausência habitual da necessária localização do trabalho de seus
companheiros professores, obrigados a fragmentação de sua jornada de trabalho e
conseqüentemente multiplicação dos locais em que ela se realiza. Qual é sua relevância profissional? E Por que?

5. Com base em palavras de Saviani, (apud Ferreira, 2002) podemos entender que
Pedagogia literalmente significa: a condução da criança. A função supervisora pode
ser encontrada na figura do pedagogo tal como se configurou na Grécia, o ato
através do qual o escravo conduzia as crianças até o local onde os preceptores lhes
ministravam ensinamentos. É uma definição bonita, bela, mas para você, essa visão ainda é explicita nos dias atuais?


Questões Orientação – Estágio de Supervisão e Orientação Escolar

1.O orientador não tem currículo a seguir. Seu compromisso é com a formação permanente no que diz respeito a valores, atitudes, emoções e sentimentos, sempre discutindo, analisando e criticando. Caro orientador como tem sido sua forma de abordagem em sua escola quando surge um problema, entre aluno e professor?

2. Desde l942 as leis brasileiras fazem obrigatória a orientação educacional nas escolas. Na maior parte dos casos, os orientadores educacionais são consultores para a Direção e interlocutores entre os pais, o aluno e a escola. Disciplina o estudante, reúnem-se e discutem problemas didáticos e disciplinares com os professores e com os pais do aluno, aplicam e interpretam testes padronizados, promovem eventos que estimulam o relacionamento interpessoal, e aconselham o encaminhamento a psicólogos e psiquiatras dos casos de desvios mais complexos. Diante deste contexto, você acredita que o profissional do século XXI, anda de acordo com a imagem pré estabelecida em 1942?
3.Você acredita que o Orientador Educacional pode fazer muito pela formação do aluno, acredita que ele pude reservar algum tempo justamente para ensinar os alunos a CONVIVER – na Escola e, por extensão, na família e na sociedade.E como você faria isso?

4.Você Orientador, acredita na Formação Comportamental, como uma atividade educativa paralela, extracurricular, uma vez que os currículos abrem pouco ou nenhum espaço para isto?

5.Meu propósito aqui é sugerir o modo como essa atividade poderia se concretizar em clima de autonomia e criatividade, responsabilidade e disciplina. O tom convocatório do título é por pensar que uma orientação firme no sentido moral, psicológico e cívico, nunca foi tão urgente para a juventude como nos dias atuais. Comente.

6. Geralmente o Orientador educacional no Brasil é formado em Pedagogia, com disciplinas de Psicologia. Qual é sua formação acadêmica? Segue. O importante é qualidade do relacionamento pessoal entre o aluno, o professor e o Orientador, que deve ser caloroso, genuíno e cheio de simpatia. Como você se sente com essa abordagem?


ANALISE: Dione Santos de Oliveira

As expectativas eram grandes, afinal, quando estudamos, nos informamos sobre nossa profissão e abrimos o leque que a mesma oferece, imaginamos que encontraremos profissionais no mínimo qualificados para exercer tais funções. Infelizmente não acontece dessa forma, não tive a sorte de encontrar profissionais qualificados exercendo uma das profissões mais lindas, uma profissão que dignifica o ser humano que é o de supervisionar, e orientar.
Na Instituição em que foi realizado o estagio, é um local com uma estrutura maravilhosa, Fomos muito bem recebidas, em questão de educação não existe o que reclamar, mas, infelizmente não é apenas de educação que mantemos um ambiente educacional, como disse DA VINCE, Leonardo. [...não basta saber, é preciso saber fazer...], infelizmente não houve o sucesso esperado. Acontece que o cargo de supervisor/ orientador é ocupado por uma pessoa que não teve orientação especializada, sendo que a mesma é formada em Licenciatura em Letras para exercer a função, existe a vontade visível; porém a vontade não é suficiente sem o conhecimento.
Diante das respostas recebidas chego a conclusão que há uma grande necessidade de qualificação profissional, o que mais me chamou a atenção foi a resposta dada na questão 4 (quatro) na área das respostas do orientador, foi perguntado: Você Orientador, acredita na Formação Comportamental, como uma atividade educativa paralela, extracurricular, uma vez que os currículos abrem pouco ou nenhum espaço para isto? A resposta foi não, seguido de uma previa explicação sem pontuação e deixando a desejar no conhecimento; uma vez que a escola é uma continuidade da formação humana, iniciando em suas casa e sendo complementado na escola, e a resposta dada foi para mim decepcionante e por outro lado me incentivou á seguir com a formação continuada.

Dione Bernadete Cosmo dos Santos de Oliveira


REFERÊNCIAS

CUNHA, Aldeneia S. da, OLIVEIRA; Ana Cecília de; ARAÚJO, Leina A. (Org). A supervisão no contexto escolar: Reflexão Pedagógicas. Manaus. UNINORTE; 2006
COMISSÃO EUROPEIA, 1995. "Livro Branco" sobre a Educação e a Formação. Ensinar e aprender- Rumo à sociedade cognitiva. Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, Luxemburgo.
COLEMAN, J.S. e HUSÉN, T. 1985. (OCDE). Tornar-se adulto numa sociedade em mutação. Edições Afrontamento, Col. Biblioteca das Ciências do Homem, Porto.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/21631/1/O-Papel-do-Orientador-Educacional-na-Escola/pagina1.html#ixzz1EvwZDBxN

5 comentários: